Entrevista: Rainer Cadete



Amor à vida está na sua reta final e entre todos os personagens, um casal em especial consegue contagiar a maioria, se não todos os telespectadores.

O casal Linda e Rafael é uma das melhores coisas dessa novela super polêmica onde até um bebê já foi abandonado numa caçamba de lixo.


Em meio a brigas, discussões, traições e golpes, o amor de Rafael por Linda parece sim ser livre de qualquer preconceito. Não tem como esperar que o advogado só esteja querendo brincar com os sentimentos da autista.

O amor dos dois está sendo muito bem trabalhado. A relação do casal foi construída sem pressa, tanto que o primeiro beijo só irá ao ar na sexta feira (10). 


Tudo está acontecendo num ritmo muito agradável e tirando a mãe da personagem que é chata num grau elevadíssimo, os dois estão entre os raros casais que deram certo na trama de Walcyr Carrasco.

E é por toda essa fofura no horário nobre que a entrevista de hoje será com Rainer Cadete.




Rainer estudou cinema e já quis ser modelo. Já atuou no teatro e também participou do filme cine holliúdy que foi transmitido recentemente pela globo, antes mesmo de estrear em alguns cinemas do país.

Falamos sobre o assédio feminino, a relação com o filho Pietro, entre outras coisas...


Qual foi o seu primeiro trabalho como ator?

Eu não me lembro bem de como iniciei minha carreira artística, pra mim sempre fui artista, não sabia como era ser artista, muito menos que tipo de artista eu poderia ser mas achava a palavra arte mágica, no sentido poético e transformador da palavra. Quando criança fazia aula de dança cigana, piano e música, na adolescência ia pra igreja com a minha irmã e cantava louvores com ela, chegamos a fazer duetos em casamentos. Até festas infantis animei vestido de palhaço. Passei uma temporada em Roma na Itália. Fiz um curso de modelo porque achava que ia ser bonitão e alto, só que não rolou ( hehhe). Voltei pra Brasília com 15 anos e entrei pra uma companhia de teatro experimental em que desenvolvia um trabalho de ator criador, tínhamos experiências no fazer teatral não só atuando mas construindo texto, cenário, figurino, opinando nas cenas dos colegas, etc... Tudo aos cuidados da diretora Adriana Lodi. A primeira vez que pisei em um teatro, já foi para atuar e não para assistir a uma peça, tudo aconteceu no teatro Galpão no Espaço cultural Renato Russo em Brasília, com a peça Revolução na América do Sul de Augusto Boal

O filme cine Holliúdy em que você fez o personagem Shaolim foi muito comentado na mídia. Como foi essa experiência?

Eu sempre sonhei em participar de um longa metragem. Fiz alguns semestres de cinema e sempre sonhei em ter uma história com a sétima arte. Eu protagonizava um musical infantil "Zé Vagão da roda fina e sua mãe Leopoldina" que estava em cartas na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, quando me assistiram e falaram é você. Passei um mês no Ceará. Acordando cedo todos os dias pra gravar em uma cidade próxima chamadaPacatuba. Tinha aulas intensivas de cearencês, o dialeto que é falado no filme. Foi mágico ajudar a contar essa linda história do Halder Gomes, autor, diretor e produtor do filme. Fui muito bem recebido pela cidade e o trabalho acabou com um gostinho de quero mais. Hoje recebo mensagens de todas as classes e partes do Brasil elogiando o filme que foi o maior sucesso de bilheteria da história do Ceará. 



Em amor à vida, Rafael e Linda formam o casal mais lindo do mundo. É impossível não soltar um sorrisinho bobo ao ver o jeito que o Rafael olha para ela. As pessoas te abordam muito para falar sobre o casal? O que dizem?

Essa história é emoção pura. Desde que li a primeira cena da dança deles, me emociono. É uma oportunidade de gritar  aos quatro cantos que o amar é bom e faz bem, que qualquer pessoa é capaz de se superar, de sonhar, de buscar a felicidade. A chance de passar uma mensagem dessa no programa de maior audiência do Brasil na atualidade é uma linda missão. As pessoas me abordam com os olhos marejados para parabenizar essa relação. Pedem abraço, torcem pela felicidade do casal...  Esse trabalho esta sendo muito especial pra mim.  

Quando entrou para a novela você já sabia que o Rafael teria esse envolvimento com a Linda?

Fui chamado pra fazer uma participação como advogado que só ia entrar  a partir do capitulo 37 e fiquei muito feliz quando soube que ele não ia só cuidar da vida dos outros. Que ia ter uma história pessoal com a Linda. Eu quase me formei em psicologia e estava adorando a novela abordar esse tema, o autismo, que é  um mundo que se abre para o conhecimento de pessoas extraordinárias e peculiares, que muito podem nos ensinar.
  
Como espera que seja o fim do seu personagem?

Torço pra eles terminarem juntos.

E o assédio feminino? Muitas querem ser a Linda do Rainer? Porque o Rafael já tem a dele, né? (risos)

Recebo cantadas do tipo "oi, sou autista!" me olhando como se isso fosse um fetiche. (risos) Muitos pedidos de casamento... Rssss

Seu filho te assiste na novela? Soube que vocês não moram na mesma cidade, como está lidando com a distância?

Ficar longe dele sempre foi a parte difícil de ser ator, desde que ele nasceu.  Porque essa profissão nos leva pra todos os cantos e eu amo muito o Pietro, acho precioso quando estamos juntos. Mas repito todos os dias pra mim que é pra ele também, e quando ele diz que quer ser ator como eu, sinto que ele se orgulha. E tenho forças pra aguentar a saudade no peito. 

O que você gosta de fazer quando não está trabalhando?

Corro pra brincar com meu filho, adoro nadar, escutar música, assistir filmes, ler poesia, compor música, ir pro mato, tomar banho na cachu ou no mar. Viajar, dormir, comer. As coisas simples da vida dou muito valor. 



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About Unknown

Escritor, social media e viciado em refrigerante de laranja. Meu sonho era ser a loira do tchan, mas eu não era loira, nem mulher, então me contentei em passar a infância sendo o jacarezinho quando tocava é o tchan nas festas da família.
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